Nunca tão obscura
Nunca tão dulcificante e tão noite.
Olhos me chegam como labaredas nulas
E só em tangíveis demências
Abriu-se uma porta.
E a alma?
A canoa desliza sem mares e nascentes
Inunda-se de ventos para não se entregar
A um poente destino.
Se há ópios aspergindo estrelas
Por todo o céu do meu mirar
Como se faz tão escura noite?
Silêncio!
Só nessas águas inexistentes
A alma encontra seus remos
E pelas trevas vai velejando.
Nunca tão dulcificante e tão noite.
Olhos me chegam como labaredas nulas
E só em tangíveis demências
Abriu-se uma porta.
E a alma?
A canoa desliza sem mares e nascentes
Inunda-se de ventos para não se entregar
A um poente destino.
Se há ópios aspergindo estrelas
Por todo o céu do meu mirar
Como se faz tão escura noite?
Silêncio!
Só nessas águas inexistentes
A alma encontra seus remos
E pelas trevas vai velejando.