Objeto

Arrumou suas malas enquanto eu dormia

Foi à primeira noite que não passamos abraçados

Isso não se faz muita covardia

Era só me acordar no quarto ao lado.

Até seu lingerie do maior evento

Junto à ingratidão você recolheu

Aquela que usaste na noite do nosso casamento

E essa casa amanhã não terá você nem eu.

Entre nós haverá um rio de lágrimas

Desfeitas serão as juras

Nenhum rascunho das nossas páginas

Lembranças das brigas e ciúmes por ser insegura.

Portanto não há mais tempo para fingir

Fuja bem antes que eu possa acordar

Tenha sorte já que preferiu partir

Serei apenas um objeto por não te interessar.

Francisco Assis silva é poeta e militar

Email: assislike1@hotmail.com

maninhu
Enviado por maninhu em 18/03/2014
Código do texto: T4733778
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