Objeto
Arrumou suas malas enquanto eu dormia
Foi à primeira noite que não passamos abraçados
Isso não se faz muita covardia
Era só me acordar no quarto ao lado.
Até seu lingerie do maior evento
Junto à ingratidão você recolheu
Aquela que usaste na noite do nosso casamento
E essa casa amanhã não terá você nem eu.
Entre nós haverá um rio de lágrimas
Desfeitas serão as juras
Nenhum rascunho das nossas páginas
Lembranças das brigas e ciúmes por ser insegura.
Portanto não há mais tempo para fingir
Fuja bem antes que eu possa acordar
Tenha sorte já que preferiu partir
Serei apenas um objeto por não te interessar.
Francisco Assis silva é poeta e militar
Email: assislike1@hotmail.com