Hiato Inominável
Urge o tempo que transcende
Inoculando o seu fel mortal
O fogo interior se acende
Leva-nos através do portal
O tempo entre existir e ser
Há um imemorável persistir
Paradoxos inundam o viver
Paradigmas quebrados enquanto resistir
Semblantes lúgubres nos rodeiam
Nesta pavorosa e doce ilusão
Chispas de luzes intensas desnorteiam
Quando nos lançamos em desilusão
Celestes seres de amor divinal
Ou podemos amaldiçoar este tempo
São também seres do círculo infernal
Manipulando fantoches a seu contento
E neste hiato inominável
Nosso âmago revive o tormento
Dores felizes?! Tudo tão impalpável
Existindo no lapso de um momento