Da Amada - II
Estava sempre com ela e não percebia nada
quando vinha molhada...toda límpida...toda bela
feito uma donzela...feito a virgem intocada
que só quer ser amada de uma forma singela.
E, ao sentir o odor de cabelos esvoaçantes...
de fios refrescantes em meu deserto de amor
não entendia a dor que sentia momentos antes
nem que éramos amantes (néctar e beija-flor).
Um dia, de repente (em uma tarde de verão)
no céu da solidão, algo estava muito ausente
e, então, na tarde quente trovejou a emoção
e eu pude (no coração) enxergá-la, finalmente
ela, a sempre presente...minha líquida razão...
minha gota de paixão...chuva, que minha alma sente!
16-03-2014