REMONTANDO O AMOR
(Sócrates Di Lima)

E se eu disser que prefiro morrer de repente,
De morte morrida,
Do que deixar a saudade da gente,
Aos poucos me definhar na vida.

Amada que tanto venero,
E que este amor que tanto considero,
Não é menor do que o amor que espero,
Que extraído de dentro de ti, muito quero.

E quando as estrelas abrirem minhas noites,
No clarão que o Luar se impõe,
Os ventos do Norte sopram em açoites,
Querendo me arrancar de ti como minh'alma supõe.

Mas, não te deixarei ir,
Nem permitirei que me feches tuas portas,
Ainda, que ofegante percorra os caminhos do teu partir,
Não morrei afônico pelas ruas e becos sem voltas.

Ah! Que o amor que minh' alma tem,
Enrraizado pela semear do teu amor,
Nunca mais deixarei ir embora também,
Aquilo que de mais profundo te posso transpor.

Abro minhas clareiras,
Com as navalhas na minha carne insana,
Para ter-te sempre ás minhas beiras,
Aonde minhas mãos pode segurar as tuas com gana.

Amada minha...
E se eu quero amar-te noite e dia,
Sem me perder por onde tu caminhas,
Posso sempre te amar na dor e na alegria.

Minha doce amada!
Mulher que me fez nascer das cinzas das minhas tristezas,
Fi-la minha mulher com a alma tão enamorada,
Para todos os dias da minha vida cantar em tuas certezas.

Posso amar-te sem provas,
Sem quaisquer subterfúgios e condições,
Para que o teu amor em mim sempre renovas,
E o meu amor e cuidados por ti se façam eternos guardiões.

De tanto querer amar amanheço...
Nos tropeços das nossas vidas,
Mas, ao fim do dia adormeçco,
Nos braços teus com todas as magias.

Quero amar-te somente,
Como quem tem amor á própria vida,
De tanto amar talvez  enlouqueça simplesmente,
Se um dia da minha vida te houver partida.

Tolerante nesta saudade minha alma vinha....
E se eu não suportar doravante esta distância,
Na paciência que dantes tinha,
Levanto voo na louca vontade em abundância,
E irei viver o que, ainda, posso contigo, amada minha.

Para tanto, cruzarei os céus e os montes,
Estradas, porteiras e cancelas,
Estarei contigo em teus horizontes,
Lubrificarei em sebo e óleo minhas canelas,
Atravessarei mil pontes,
para tentar amar-te mulher das minhas mazelas., 




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Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 17/03/2014
Reeditado em 17/03/2014
Código do texto: T4733092
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