O Pranto Desfalecido.

Algo nascia daquela sombra de canto,
Nela havia desfalecido um pranto,
Tão sofrido,
Que até suas lembranças a abandonaram.

Algo sussuraram,
Mas ninguém pode ouvir,
Estavam ocupados inventando mentiras novas,
E confeccionando suas novas mascaras,
Mas algo ali habitava.

Uma voz silênciosa sem uma boca que a consumisse,
Ou um ouvido que a ouvisse,
Ou um corpo que a alojasse.

Mentiras e verdades nasciam e morriam,
Mas ninguém ligava,
Pois todos viviam cegos e surdos para a realidade.

Um encantador de sonhos
Fora sacrificado aquela noite,
Pois acreditava que as coisas podiam ser diferentes,
Pobre diabo,
Não sabia que não se devem quebrar as regras.

Não lhe ensinaram na escola,
Que não se pode mudar o mundo,
Vivemos apenas para propagar o absurdo,

O absurdo de ser tão hipócritas,
Que nos achamos acima de Deus,
Mas criamos nossos próprios demonios,
E nos escondemos dentro de nós,
Com medo deles.

Um pranto desfaleceu ali naquele canto,
Seu dono era apenas mais um,
Sem nome, face ou corpo,
Que fora calado,
Pela arrogância de seu mundo.
DjavamRTrindade
Enviado por DjavamRTrindade em 17/03/2014
Reeditado em 17/03/2014
Código do texto: T4733013
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