arte contemporânea na praça sete

impossível. impossível fechar os olhos diante de tais embaraços. espero do lado do bar e então vem ela me passa ao lado me finge não ver me destroça por dentro sem porquê. carinhosa é sua mordida em vão nos meus colhões. penso em talvez falar-lhe oferecer-lhe cerveja e cigarros sei que você fuma com a aquela boquinha branquinha igual. noite adentro na gruta da onça no centro de vitória adendos vorazes escapam por flertes quase fatais por pouco não causam costuras no flanco esquerdo. impossível. de tão bela outro poema já escrito velho ladrão e outras palavras para o eterno retorno. espaço em branco não leia espaço em branco. branca a pele a blusa a boca o pelo. isabranca. casablanca e aquela fotografia maravilhosa me vem a cabeça enquanto planejo xilogravuras com seu corpo e meu corpo fazendo arte contemporânea na praça sete.

Vander Vieira
Enviado por Vander Vieira em 16/03/2014
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