Transformação

Gerado numa casa oval

Naturalmente apertada

Sem portas e sem quintal

Numa caloria danada.

Cada qual um ser importante

Diante daquela ninhada

Vem a arte do pinto gigante

Pela ração transformada.

E por incrível que pareça

Levava seis meses para abater

Mas hoje naquelas cabeças

Muito hormônio a dissolver.

Chega à panela mais cedo

Esses pintos desenvolvidos

São bombados que dá medo

Mesmo depois de cozidos.

Sem importar com a genética

O tempero é que faz o sabor

Em qual seja a língua poética

O pinto entra sem pudor.

Há granjas com qualidade

E muitos pintos em crescimento

Pra suprir necessidade

Como saboroso alimento.

Francisco Assis silva é poeta e militar

Email: assislike1@hotmail.com

maninhu
Enviado por maninhu em 16/03/2014
Código do texto: T4731276
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