Transformação
Gerado numa casa oval
Naturalmente apertada
Sem portas e sem quintal
Numa caloria danada.
Cada qual um ser importante
Diante daquela ninhada
Vem a arte do pinto gigante
Pela ração transformada.
E por incrível que pareça
Levava seis meses para abater
Mas hoje naquelas cabeças
Muito hormônio a dissolver.
Chega à panela mais cedo
Esses pintos desenvolvidos
São bombados que dá medo
Mesmo depois de cozidos.
Sem importar com a genética
O tempero é que faz o sabor
Em qual seja a língua poética
O pinto entra sem pudor.
Há granjas com qualidade
E muitos pintos em crescimento
Pra suprir necessidade
Como saboroso alimento.
Francisco Assis silva é poeta e militar
Email: assislike1@hotmail.com