Serial Killer

Luciana Carrero

Pernoitar abrindo noites

em quaisquer horas incertas,

pesadelar psicopatia sem teto

com os olhos esbugalhados

Caminhar no claro sem astros,

batendo com a testa na lua

derrubando dormidas estrelas

que estavam desligadas

Catar as coitadas caídas

nos buracos da jornada

colocá-las num copo d’água

e analgésico para revivê-las

Em novo pernoite revê-las

mortas, estufadas, fedegosas

Enterrá-las no canteiro de flores

E à noite ver sua luz acesa nas rosas!