QUEM ME DERA...SER MENINO!

Quem me dera ser menino

Pra de novo ir à escola

E em constante desatino

Ver-me em sonhos, libertino

Levar prendas…na sacola!

Poder outra vez brincar

Com a mais pura inocência

Na esperança acreditar

Ter um sorriso no olhar

E quem me desse assistência!

Quem me dera…ser menino

Para dormir tão bem

Ouvir histórias e o hino

Naquele berço divino

Embalado por minha mãe!

E o xaile dela, que aquecia

De franjas pretas, bordado

Era na noite mais fria

Aquele que cobria

Depois de um beijo ser dado!

Quem me dera ser…menino

Voltar aos mesmos lugares

Porque sendo pequenino

Mesmo travesso e ladino

Ter-te-ia pra me amares!

Quem me dera…ser menino

Correr na velha bicicleta

De pés descalços, rabino

Traçou este meu destino

Tornando-me…grande poeta!

Mas o tempo não volta atrás

Tal não vai acontecer

Porque o tempo é tão mordaz

Que tudo isso desfaz

Roubando-nos… esse prazer!

O Poeta Alentejano
Enviado por O Poeta Alentejano em 15/03/2014
Código do texto: T4729905
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