Brincando com os coletivos
Um exército de formigas invadiu meu acervo de ideias...
Edifiquei grandes projetos na colmeia do pensamento,
Mas uma turba de belicosos e atraentes passatempos
Levou-se a configurar uma prole de preguiçosos raciocínios
Que me tornaram escravo perante um enxame de horas perdidas
Num espaço onde uma multidão de insultos me xingavam...
Chorei diante de um bando de lágrimas desfiguradas
E me agarrei a uma antologia de esperanças ainda vivas
Que expuseram à minha face uma fauna de velhas cinzas
Para que eu as entregasse ao pelotão das reflexões desamparadas...
O tempo ingeriu-me cachos de ânimos bastante novos
E me vi seduzido por uma caravana de intensas forças
Que inspiraram a mim um glossário de lutas de aparências toscas,
Contudo vitaminadas por uma nuvem de imenso prazer
Que me fez herói de uma penca de atitudes exóticas para vencer!