Os

São alguma coisa encoberta, que não se mostra

Que não se gosta

Em segredo querem algo e mostram o oposto

Para não demonstrar o monstro que cresce no vazio,

Em algum lugar do mediastino.

Fechar, trancar, rotina crescente,

Sorriso comedido, mentira gargalhante

Piadas sem sentido, Alguma coisa galante

Mas nunca caem de vez.

São alguma coisa discreta,

Que se rebaixa para ter ao lado algo belo

E complexo, mas se exalta ao lado direito

Sendo coisa e único dono.

Sofre de acidez nos olhos e apertos comedidos

E tem força interna para medir o potencial de desespero

Que se esvaem de acordo com o potencial de álcool,

Revelando todas as mazelas internas

E lá vai o monstro.

É alguma coisa que gosta, mas não encosta

Que abraça, mas se espaça

Que ama, mas não entrama

Coisa insana e contraditória, num sofrimento

Eterno e divertido

Caminhando, as coisas, seguem

No meio de tudo isso, quase que em uma normalidade

Patológica.

É algo difícil de entender, que é profundo,

Mostrando-se raso por opção e escolha própria

Mostrando-se medíocre por experiencia vã

Mostrando-se grandioso para algumas outras coisas

Que insistem dizer que são as coisas mais complicadas

Sendo que nunca procuraram saber,

Procuraram pescar

Procuraram compreender

O quão clandestinos são os Os.

Victor Yomika
Enviado por Victor Yomika em 15/03/2014
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