Insubmissão

Hoje olhei nos seus olhos de brisa

Mergulhei até que visse a mim mesma,

Envolta por esta vontade insubmissa

A minha razão.Me contraria,

E não quer que seja.

Eu digladio comigo.

Por ora me convenço de que não quero te ver ,

Que cada dia que passa menos sinto,

Que meus olhos não pertencem a você.

Todo este tempo, um conforto maquiado

Tem sido a minha pedra de salvação.

De vez em quando assumo o verso renegado

Mas na maioria delas, enclausuro numa prisão.

Quem me dera o vento me levasse

Pra qualquer lugar longe de mim.

Seria eu, o vento e o vazio que nasce

Onde o sol desponta no fim.

Karoline Correia
Enviado por Karoline Correia em 15/03/2014
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