Insubmissão
Hoje olhei nos seus olhos de brisa
Mergulhei até que visse a mim mesma,
Envolta por esta vontade insubmissa
A minha razão.Me contraria,
E não quer que seja.
Eu digladio comigo.
Por ora me convenço de que não quero te ver ,
Que cada dia que passa menos sinto,
Que meus olhos não pertencem a você.
Todo este tempo, um conforto maquiado
Tem sido a minha pedra de salvação.
De vez em quando assumo o verso renegado
Mas na maioria delas, enclausuro numa prisão.
Quem me dera o vento me levasse
Pra qualquer lugar longe de mim.
Seria eu, o vento e o vazio que nasce
Onde o sol desponta no fim.