Ninguém é nada!
Ninguém é nada!
Perdi a graça, ou seria a raça?
Já não sei o que tenho,
de onde venho não há retorno.
Pra onde vou depende do tempo, do vento...
Tentei várias saídas, ruas, bosques, avenidas,
nenhuma rua leva a lugar algum que já não tenha um que perdido está.
Não tenho meios, não uso freios, só sei pensar.
Estrela. Onde tu estás? Se te escondes, quem deve a ti encontrar? Sem resposta _Deixou-me a vagar!
Me sinto vaga (vaga-lume) sem luz, sem cor, sem lume, sem histórias pra contar, ou seria a quem?
Qual a graça de não ter raça, garra, gracejo, se de tudo tenho medo até mesmo de ser quem sou? Sou gata de rua, mas não existe rua pra onde vou. Sou devaneio, receio, criança sem recreio, sou nada. Isso é tudo que sou. Não importa pra onde vou.
Maria Nelci ( Simplesmente o que sou)