Florais Inacabados!

Da proximidade que pede por vezes,

Toda a distância que se ingere, vozes,

O sentir calado no olhar que se espera,

Mesmo que mais um dia vague na solidão,

Correntezas estranhas, palavras inauditas,

Jogos de cenas, espectros reticentes,

O que pegou pelo passado, ainda marcam,

Sem um olhar voltado para dados alegres,

Fustigam o couro espinhos alucinados,

Todo o gosto amargo que vem pela boca

Retiros também estranhos, caixas vazias,

Sobras desmembradas nos parcos recursos,

Subjuga a pressão desnecessária, nem merecida,

Por reconhecimento, apenas safanões propensos,

Palavras cortadas & cortantes de onde menos se espera,

Esperar reconhecimento apenas aumenta a pressão...

Das invejas que iludem a falta que causam,

Sombras de hoje para vítimas de amanhã,

O terno apenas quer tocar a pele suavemente,

Tocar o sorriso mais solto, feito criança,

Dos afins contrastes sempre bateram na porta,

Nada aparece na janela pela noite além da Lua,

Um cisco de solidão com uma noite mal dormida,

Copos vazios & descartáveis, sacolas para lixo,

Apenas vem o corpo com um depositório,

Um recipiente para suas infelicidades,

Se bem reclamamos, somos tocados por egoístas,

O meu choro para eles não tem importância,

Nem o seu, nem nossas dores, apenas passagem,

Por isso mal penso, apenas toco a diante,

Também serão passagens, um rasgo, rascunhos,

Alguma coisa apenas para olhar & aprender...

A força está no que de bom se carrega,

Lá adiante, as contas & o sono serão gratificantes!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 03/05/2007
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