FERIDAS FECHADAS CICATRIZES TATUADAS
Eu vivo , pois a vida existe ,
Sinto suspiros na madrugada ,entre estrelas e ventos.
Quando na serenidade ouço a voz do silêncio,
Gritando ao mundo uma dor,minha alma.
Ouvir música como quem sente a seda no corpo?
Não!
Tirar pedregulhos com a mão no martelo em rochas?
Sim! Sofrer por amor,calado como quem ouve uma sinfonia.
Oh, Gentil filhas do amor ...
Por que entre as frestas do espaço do amor ,lançaste seu olhar?
A quem gostaria de beijar um adeus?
Não, não! Parei de sonhar...
Pois só eu fui o culpado !
Fiz de sua vida o sorriso ,
No mais dócil olhar ,
Você o aceitou.
Agora meu destino está lapidado!
Igualmente o ouro purificado no fogo derretendo ,
Se tornando raro e puro de verdade.
Quando no douro do sol , vê se uma mão do adeus.
Tenhais motivos ainda de me procurar com seus olhos ?
Não,Por favor! Me desculpe. Mas nunca mais deixe nas pequenas flores dos campos frases de amor.
Não mais caminharei por aqueles campos.
Os sonhos , as lembranças , foram muitas...
Mas sem rumos , se perderam no caminho.
Agora a estrada é outra ,
Trago em mãos outras mudas de flores.
Mamãe me ensinou , se não há um caminho livre,Plante violetas , flores de maio , pendure-as onde seu olhar possa amá-las ,mesmo que se tenha que amá-las de sua poltrona da melancolia , será melhor.
E nunca mais esqueça o que foi bom, puro e amável.
Será seu canto de liberdade sem magoas ,
Que em lágrimas se perderam já pelo caminho,
Feridas fechadas, cicatrizes tatuadas ,
Marcas que só com o tempo observando outros campos , relvas adormecendo com o sereno , depois acordando com o brilho da luz, seu coração ha de sorrir um outro horizonte.