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Algo de inexplicável a incomodava, mas resolveu adiar essa compreensão.
- E se não desse tempo? ...Não quis dar evasão ao medo.
Curvou-se e colheu a rosa. Pensou nele naquele instante e sorriu feliz. Enquanto isso os seus versos tristes caíram pelo chão cobertos de pétalas, perdidos ficariam pela alameda. Deu tempo apanhar ainda os retalhos de sonhos por entre o seu medo e a repentina coragem. A melancolia não tinha mais lugar ali dentro de si... Reergueu-se, mirou o final do caminho, o seu olhar de lince, vazou aquele bosque que sempre quis lhe prender. - Não, não se deteria mais. Partiu em pedaços irrecuperáveis tudo o que deixou para trás. Com passos determinados, retomou o fôlego! Ultrapassaria aquelas páginas, sairia das ilegíveis letras. Precisava de algo concreto... De nítida visão. Observou o cenário, não quis dar cor as ilusões... Pisou sob nuvens escuras carregadas, naquele instante fez-se clarão.
Ele um homem inesquecível... Um semideus!
As únicas palavras que lhe vinham era; apartar, transpor. Reescrever a sua história. Perdera o medo. Fotografou com a sua alma naquele instante os seus primeiros rastros na terra quando aterrissou.
Compreendeu o que a assustara era o fato de que iria viver uma vida real ainda assim agarrar-se-ia a esse fio invisível e tão forte chamado amor... As rosas mais lindas entregaria em suas mãos... Essas mãos que tão bem afagavam-lhe. Essa seria a noite mais linda de suas vidas.  Isso não não era apenas sonho.

Liduina do Nascimento




 
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Enviado por Liduina do Nascimento em 13/03/2014
Reeditado em 02/05/2016
Código do texto: T4726801
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