Do Nômade

Sofre, quem (com asas) caminha no chão

sobre as pedras do seu destino lento

porque desconhece os beijos do vento

por medo de vir (da boca) um tufão.

Fica, quem se endurece no cimento

e não constrói uma nova direção

temendo que os rumos da amplidão

diluam o seu tão duro pensamento.

Vive, o nômade da própria razão

que se refaz a cada fim de momento

porque voa sempre leve e sedento

pelos novos ares da evolução

(que diz sempre sim, mesmo quando diz não)

pois viver é um eterno crescimento.

08-03-2014

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 13/03/2014
Reeditado em 10/12/2015
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