Do Nômade
Sofre, quem (com asas) caminha no chão
sobre as pedras do seu destino lento
porque desconhece os beijos do vento
por medo de vir (da boca) um tufão.
Fica, quem se endurece no cimento
e não constrói uma nova direção
temendo que os rumos da amplidão
diluam o seu tão duro pensamento.
Vive, o nômade da própria razão
que se refaz a cada fim de momento
porque voa sempre leve e sedento
pelos novos ares da evolução
(que diz sempre sim, mesmo quando diz não)
pois viver é um eterno crescimento.
08-03-2014