Nas profundezas de uma simples existência,
Onde a vida é uma noite fria e infinita,
Percebo aquela anêmona do mar, que sou.
Leve, estando em acordo com a solidão de tudo,
Livre, existindo sem enlaces ilusórios
Que levam chuvas ao seco dos outonos
E não percebem que na secura está o belo da estação.
Longe, contemplando o desdobramento das coisas em mim,
Aproximo-me da dor ao aglutinar
Correntes incoerentes ao meu leve existir.
Solitários voam os meus versos sem repouso,
Como poeiras nas variações do vento,
Se perdem as asas, não perdem o voo,
E levam consigo o que não me pode habitar.
Onde a vida é uma noite fria e infinita,
Percebo aquela anêmona do mar, que sou.
Leve, estando em acordo com a solidão de tudo,
Livre, existindo sem enlaces ilusórios
Que levam chuvas ao seco dos outonos
E não percebem que na secura está o belo da estação.
Longe, contemplando o desdobramento das coisas em mim,
Aproximo-me da dor ao aglutinar
Correntes incoerentes ao meu leve existir.
Solitários voam os meus versos sem repouso,
Como poeiras nas variações do vento,
Se perdem as asas, não perdem o voo,
E levam consigo o que não me pode habitar.