Novo desafio poético
Agora é a vez do amigo facebookiano, CONDE-EVANIL ARMELIN me desafiar. Por sua vez, o amigo foi desafiado, tendo, em seguida, me honrado com o convite para a criação de um poema inspirado no de sua autoria.
07.89.11 - O TEU MAL, SE EU PUDESSE....
Conde-Evanil Armelin
11 mar 2014
Publicado no FACEBOOK
Se eu pudesse exprimir a minha vontade
Para não destruir tua ilusão cultivada
que morreu, talvez no surgir de uma enfermidade
e feriu lhe a carne que já foi santificada
Se eu pudesse realizar o teu sonho
E revigorar a ilusão que um dia nasceu
Na tua face trigueira, eu suponho,
Irias descobrir que quase nada se perdeu.
Transformaria o teu espírito choroso,
Num balsamo repleto de felicidade,
Pois quem sabe todo esse alvoroço
Tornar-se-ia uma falsa insanidade.
Se este teu sonho, um dia eu pudesse
Colorir com raio de estrelas celestiais,
Novamente serias venturosa, e dor que padece
Ir-se-ia embora para não voltar jamais.
Se eu pudesse transformar os teus sonhos
Faria em silencio e talvez nada dissesse,
Pois desnecessário seria falar aonde eu ponho
as tristezas de que tanto a tua alma padece.
Saberia então que só amando com solicitude
Descobre-se que o amor só tem um desejo;
É o de ser feliz quanto atinge a sua plenitude.
Seja num abraço, numa oração ou num beijo.
Não seja jamais como aqueles invejosos
Que alimentam no espírito doenças incuráveis.
A mágoa, a inveja, são sentimentos cancerosos
Que matam todos os sentimentos saudáveis.
***
O MEU MAL (Tânia Meneses)
O meu mal inexprimível
De si mesmo prisioneiro
Não sei se enfermidade
Não sei de onde veio
Ah, se ao meu mal
Eu pudesse por um final
Talvez maior mal fosse
Talvez me fizesse mal
Quem sabe o tônus de viver perdesse
Quem sabe minha alegria falecesse
E ao mundo mentisse tanto
E tanto mentisse que a mim mesma convencesse
Dele eu faria um pássaro
O mais bonito
E com ele pelos ares quisera me perdesse
Mas esse meu mal encarcerado
Amordaça a boca
Desconhece a felicidade
Ah, esse meu mal
Pássaro triste da madrugada
Piando sobre os telhados da cidade
Esse mal não sabe da minha prece
Perdida prece pelos caminhos
No caos da natureza
Um amor em desalinho
Esse mal que um bem me quer
Me abraça, sussurra ao vento
Impregna o mar dos meus sentimentos
E comigo voará pelos mistérios do tempo