Finito e Perpetuado

é um poema

primavera da memória

onde toda lembrança é afago

de sutis fragrâncias

nas sementes que eclodem

palavras aos ventos

feito enlace de essências

aromas e carícias voláteis

etéreos toques borboletas

que em pétalas permanecem

num sussurro submerso

um suspiro no inverso

das intenções veladas

no zênite de seres

em mãos dadas que sabem

o incompartilhável vôo

nesses jardins do indizível

onde tudo recomeça

no infinito do fim

que se parece eternidade