SÓ O TEMPO

Presa no templo do olhar

Aquela menina lá dentro...

Irritando-se com o tempo

Por não saber-se escapar

Deixando-se por encantar...

Aprendeu que olho bonito

Se não há encanto contido

É tendência de se entregar

E que se outrora amor é pouco

Depois sem tantas vaidades

Surge um novo tempo tão louco

Que até as pupilas que estão lá fora

Vão se bastando daquelas idades

Dessa menina que ainda é de agora