A Fuga da Empregada

No carnaval

a empregada

cansada da fuli –

gem dançou

desvairadamente

no Bloco da Alegria.

Seus sapatos

recusaram qualquer

novo passo.

Ela se desfez

deles ao raiar

do dia. Ficaram

ali à espera

do trabalho

para das tarefas,

as partilhas.

Seus pés agora

seriam ponta

de compasso

a rodopiar e girar

dia e noite.

Sua vida seria

só folia

e ela calçaria

só sapatilha.

Leonardo Lisbôa

Barbacena, 11/03/2014.

Poema para Ange

de Lo.

Leonardo Lisbôa
Enviado por Leonardo Lisbôa em 11/03/2014
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