MOÇA
(Sócrates Di Lima)

Moça,
Sou passarinho triste no galho de uma roseira,
Que gorjeia a alegria o mais que eu possa, 
Para fazer tristeza  passageira.

Moça...
O que posso lhe dizer,
No frescor desta briza que minha tez roça,
Nesta manhã de um dia qualquer.

Moça....
Se eu me abrir talvez  chore,
Pois quando me abro me faço em poça,
De chuva em olhos nem que a alegria implore.

Moça...
Eu tenho mil palavras pra  lhe dizer,
Te contar minha alma que me dá força,
Para viver e amar de tanto querer.

Moça, eu não tenho viola,
Nem sei cantar minh'alma triste,
Só tenho a poesia como esmola,
(e me consola)
Para alimentar  o amor que em mim existe.

Moça, na naus que me acorrento,
Me exilo no meu próprio Eu,
Não tenho riquezas, mas, tanto sentimento,
De amor profundo que meu Deus me deu.

E se o meu amor não lhe bastar,
Se os meus cuidados não lhe interessar,
Moça eu vou-me embora sem poder lhe amar,
Porque só tenho a poesia pra poder lhe dar.

E como um poeta,
De amor profundo,
Tenho tanto  que tanto me faz festa,
Na alma deste trovador de desejar fecundo.

Moça...
Se me amares como quero lhe amar,
Minh'alma tanto querer esboça,
Que posso então, de corpo e alma lhe entregar.

....Moça!

APENAS UM POEMA, NADA MAIS QUE UM POEMA.

 
Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 11/03/2014
Reeditado em 12/03/2014
Código do texto: T4724055
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