Carta de Amor sem Remetente

Venho por meio destas confusas mentais minha querida amiga, lhe falar de outra amiga que nunca foi bem uma amiga para os olhos meus. A suposta amizade que tenho ou tive por ela era apenas um pretexto de estar com ela, tocar sua pele, sentir o seu cheiro fenomenal e ver seus olhos lindos a combinar com seu doce riso.

A tal amiga de quê lhe falo tem ou tinha tudo que eu detesto que uma mulher tenha... Vulgaridade e um pouco de sarcasmo. E também ela já fez coisas que só uma meretriz faria. Mas mesmo assim eu a gosto muito, pois com todos os seus erros passados, ela nunca os deixou ultrapassar suas qualidades. E isso é o que mais me encanta nela, e adjetivos negativos nenhum fará que eu goste menos dela.

Creio eu e meu pessimismo que ela nunca notou o quanto eu a amo, se notou também se acovardou como eu sempre fiz. Mas em fim, sim! Eu a amo! Não seria o amor querer muito bem? Sentir ternura ou paixão? “Amo-a, é certo; adoro-a, confesso.”

Falando de covardia, é normal o pessimista se acovardar-se perante certas ocasiões. Venho me acovardando todas as vezes que tenho que dizer o que sinto por isso te pede esse vil que aqui expressa verdades do coração, para passar esta carta a ela.

Acho que você e ela pesam que eu seja realmente insano, mas diga a ela que talvez eu tenha um pouco de loucura: Normal, é meu jeito sério de viver a vida.

Ai que vergonha, Pois todas as catas de amor são ridículas. “Mas não seriam cartas de amor se não fossem ridículas. Mas afinal! São a criaturas que nunca escreveram cartas de amor... É que são ridículas.”

Xandy Bernardo
Enviado por Xandy Bernardo em 10/03/2014
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