FLORES NA CHUVA
(Sócrates Di Lima)

Flores na chuva,
UMa poesia visual,
Parecem tão suaves feito luvas,
Que cobrem as mão da mulher fatal.

As flores na chuva,
São como olhos da saudade,
São como cachos de uva,
Orvalhadas em suavidade.

Tão ternas e tão belas,
Tão belas que parecem ternas,
São como íntimas donzelas,
Nas noites que lhe são eternas.

Ah! Como mergulho meu olhar nas flores,
Todas e em tantas cores,
Tão belas como tantos amores,
Tão livres com seus beija-flores.

É como amanhecer em um jardim em primavera,
Nos dias de chuva ou garoa...
É sentir na face a brisa perfumada de Hera...
E sentir o mundo sorrir como borboleta que voa.

E assim eu me sinto,
Quando olho você e as flores nas chuvas,
Há um "Q" de ternura que pinto,
No grande painel das antigas pinturas turvas.

É como se eu abrisse a janela,
E olhasse o sorriso dela...
Com seus cabelos d'ouro esvoaçantes,
Correndo para meus braços num abraço de amantes.

Amantes das vidas,
Do amor,
De tudo que se vê em flores amanhecidas,
No orvalhar da saudade de toda cor.

Fecho os olhos e vejo você...
Abro os olhos e vejo flores na chuva,
Hoje é tudo que minh'alma vê,
No querer que sua alma me cativa.

Como disseste aos meus ouvidos,
"mulheres são rosas no Jardim de Deus",
Mas eu só quero uma rosa apenas nos meus sentidos,
Você, a rosa das chuvas de quereres só meus.

É por isto que me deixo ser levado,
Pelos seus encantos em fervores,
E se de repente me sentir por você amado,
Cuida-la em um exclusivo jardim de chuva, Sol e flores.


 


 
Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 10/03/2014
Reeditado em 14/03/2014
Código do texto: T4723586
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