Antes que Truman capote

O visual não favorece, o cenário não me acresce, precisamos mudar o layout.

Tomar outros rumos, virar páginas, atualizar.

O tempo é o presente, no quadro sem moldura.

Fica mais evidente de que é prosa, que é rima, que é repente.

Em pensar que de repente tu me queira, me tenha emoldurado em algum lugar.

Na caixa preta projetora, não mude, não mude de canal.

Sou eu protagonista, me perco no cenário, ao descer as cortinas, sou personagem principal.

Sou eu onipotente, o expectador, na última fila.

Figurante de ator coadjuvante a personagem principal.

Língua afiada cortante, te descrevo arrogante, não passa de impressão, mal deixada, carnal.

Manifesto impresso em papel de pão.

Compulsório me auto afirmo e o tal comportamento Truman Capote se torna usual.

Conveniente por condição, de repente é repente.

Do pó ao pão, paraíso claro, cenário branco. O layout é breu.

Eduardo De Caneda
Enviado por Eduardo De Caneda em 10/03/2014
Código do texto: T4722897
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