PANTUM À LUA
Sonhada lua, tão brilhante e pura
Se resplandeces no céu do meu bem
Por que me deixas sempre insegura ?
Ao te olhar, não vislumbro ninguém
Se resplandeces no céu do meu bem
E eu te contemplo por horas a fio
Ao te olhar, não vislumbro ninguém
Meu poetar torna-se então, vazio
E eu te contemplo por horas a fio
Como a buscar o rosto conhecido
Meu poetar torna-se então, vazio
Por não achar o que julgava havido
Como a buscar o rosto conhecido
Corro meus olhos pelo firmamento
Por não achar o que julgava havido
Fico a segui-la em breve momento
Corro meus olhos pelo firmamento
Vejo no alto tão formosa lua !
Fico a segui-la em breve momento
Caminho só, inquieta pela rua
Vejo no alto tão formosa lua !
Assim, sorrio apesar de tudo
Caminho só, inquieta pela rua
Meu ser poeta, sorridente e mudo
Assim, sorrio apesar de tudo
E devagar retomo meu caminho
Meu ser poeta, sorridente e mudo
Leva os versos, já não é sozinho
E devagar retomo meu caminho
Da minha casa e do meu destino
Leva os versos, já não é sozinho
Meu ser poeta versa o desatino
Da minha casa e do meu destino
Olho o céu, desejo tua brancura
Meu ser poeta versa o desatino
Sonhada lua tão brilhante e pura