POÉTICA

Desenho uma constelação

que vai da sua testa

até a última fresta

como se toda luz possível

pudesse invadir seus poros

sem pressa

E lá deixasse

o sulco das minhas palavras

feitas da carne da própria língua

esponjadas em você pela fala

amaciadas quando deitadas

escrita logintudinal

a percorrer suas pernas

até a ferrovia

do seu último trem

que apita

quando silencia

minha alma mais que poética

Helena Istiraneopulos
Enviado por Helena Istiraneopulos em 02/05/2007
Código do texto: T472186
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