POÉTICA
Desenho uma constelação
que vai da sua testa
até a última fresta
como se toda luz possível
pudesse invadir seus poros
sem pressa
E lá deixasse
o sulco das minhas palavras
feitas da carne da própria língua
esponjadas em você pela fala
amaciadas quando deitadas
escrita logintudinal
a percorrer suas pernas
até a ferrovia
do seu último trem
que apita
quando silencia
minha alma mais que poética