DO ETERNO EM NÓS
O que o tempo conta
se quer destoa
na conta que o tempo
não pode fazer
histórias vivas
passado de vidas
queridas
pra serem sentidas
crescidas
na aúrea mágica
de um querer
celebrado de força
que não é forte
pela fraqueza que não tem
segura um além
que transborda
sua essência
que a carência
é uma mão estendida
depois que a sombra
guarda um sol
que se apaga
mente um destino
pra ir possuindo
verdades
evoluindo
vontades
faz nascer dias
nos sonhos
que se cercam de ouvidos
pra cantar depois
sozinhos
rainhas de um castelo
desprovido
de qualquer fortaleza
que saem de um colo
a um berço
da companhia ao lado
uma benção
de chegada
do caminho desenhado
desde que amou
como amou
e fez da vida
uma unidade
que nada pôde continuar
sem essa "idade"
carinho e proeza
sutileza de Deusa
sacerdotiza
das portas guardadas
que abrem
uma pedra bruta
de cristal lapidada
transformada
em humanidade!