Sangrando

/ Doridos tempos

a mim tornaste,

quando, sem mais,

a mim faltaste. /

Embora o choro já não derrame,

lágrimas já não mais verta,

é intenso o seco pranto.

E nas agruras desse meu tempo,

em resigno, abrandar tento,

com versos, a minha dor:

/ Lastimosa, no peito a sangrar,

a saudade -e toda a pungência,

que por ti jamais findou.

Dilacerante -a não estancar,

sangra, triste, a tua ausência

e a lembrança que ficou

de um "pra sempre eu vou te amar",

que desse amor foi essência,

que não se perpetuou. /

Sergio Neves

sergio neves
Enviado por sergio neves em 07/03/2014
Reeditado em 16/02/2022
Código do texto: T4719483
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