Contrastes
As tempestades arrastam as folhas. Mas não arrastam tudo.
Depois vem um sol sem compaixão
Os sonhos são levados juntos... E deixa tudo mudo.
A esperança e o verde cedem ao seco
A esperança vazia destrói a paisagem
Resta um resto de ilusão
Aparentemente tudo morreu. Mas o sonho não.
Reluta, grudado na insistente alma que clama!
Alma que não se entrega às derrotas.
Ainda resta a certeza que refresca como relva!
Ainda existe conforto aos anseios
Envolvidos nos lençóis do tempo.
Que não nos deixa ser mais um insensível, nessa selva.
Buscando ainda um verde intenso para matar a sede
O desengano, desiste de secar a raiz.
Que assim reconstitui a árvore... Quer ser verde.
Que dará novamente sombra e frutos. Por isso reluto!
Não tem como prevermos as ventanias
Nem determos as tempestades
Mas podemos renovar a nossa alma
Pondo uma suave brisa, no lugar da infelicidade
Liduina do Nascimento.