SANGRIA
Trouxe um templo entre as mãos,
despiu-se os seios pagãos,
o ar quase rouco
a dizer gritos de amor.
E de tão pouco
foi-se tal paixão,
envolvendo ruas,
carícias nuas,
um penar soprando a dor.
Trouxe um corpo entre o semblante,
o valor em instantes
marcando feridas,
sangrando partidas
entre o ventre e o calor.
Perdemos todo o saber
na rebeldia de nossas carícias,
conhecemos o final dos dias
mesclando nosso sabor.
Trocamos juras e urros,
destinos, palavras e murros,
e de tão louco amor
foi-se fagando livre,
sangrando faces,
despejando vidas
entre lágrimas e pavor.
despiu-se os seios pagãos,
o ar quase rouco
a dizer gritos de amor.
E de tão pouco
foi-se tal paixão,
envolvendo ruas,
carícias nuas,
um penar soprando a dor.
Trouxe um corpo entre o semblante,
o valor em instantes
marcando feridas,
sangrando partidas
entre o ventre e o calor.
Perdemos todo o saber
na rebeldia de nossas carícias,
conhecemos o final dos dias
mesclando nosso sabor.
Trocamos juras e urros,
destinos, palavras e murros,
e de tão louco amor
foi-se fagando livre,
sangrando faces,
despejando vidas
entre lágrimas e pavor.