AO OBSERVADOR

Posposto figurado em pretérito inventado
como é viver desabitado e anônimo
pelos cantos alimentando-se do próprio vômito?

Patética endrômina de tuas horas vazias
não há uma fagulha de calor
nem ardor de gelo em tuas disfarçadas poesias

Inda lamento este estado de solidão...
Qualquer um cansaria da invencionice
e sobrepujaria essa sôfrega alienação...

Não te enjoa os vulpinos amores?

Guarde pra tua sala oca o eco aleivoso de tua maldade
Durma o sonho pobre de ter o benquisto morgado
Grite sozinho por toda eternidade
Para os que se julgam acordados
és tu das nações um pobre malogrado

Nessa mentira egóica e sem amor
te resta apenas dos amores alheios
ser tu um miserável observador

Mea culpa
Noah Aaron Thoreserc
Enviado por Noah Aaron Thoreserc em 06/03/2014
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