Asfixia
Quero despertar desse meu pesadelo acordado
A espera é por si só meu carrasco amaldiçoado
Doí e incomoda tanto quando eu supus que não incomodaria
Quero as verdades vomitadas em minha fase
Que elas sejam o meu alivio ou minha condenação
Embora eu tema que ela me desnude a alma que há tempos tem habitado imersa nas sombras da impotência e do medo
“Não desista de mim” – Pedi
Mas como pedir isso se eu mesma já desisti?
As palavras sufocam-me, me engasgam.
Incomodada no próprio clausulo, esse que criei para mim à duras penas
Não tinha a intenção de sair dele, estava bem acomodada.
Mas sinto que preciso criar asas, me libertar de mim.
Antes que o meu próprio mundo me mate asfixiada!
(Jin Oliveira)
Araci- Bahia 03 de março de 2014