Da Liberdade Prisioneira

Se você disser que o amor já existe

que, por ele existir, sou um ser-amado

metade será um sorriso delicado

e a outra, um (delicadamente) triste.

E, entre elas, como a tênue fronteira

que deixa o sim e o não, lado a lado

fundindo em um só, presente e passado

estará quem vê essa esfera inteira...

quem deixou o amor, assim, arredondado

em um sempre-girar, que nem a dor resiste

na órbita da liberdade prisioneira

e um coração, hoje, leve e alado

que só come, se forem paixões de alpiste :

ela, a minha última mulher primeira!

01-03-2014

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 04/03/2014
Reeditado em 10/12/2015
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