Escombros, Narrativas e o Agora.

Torce, gira, pula, grita...

Memórias turvas evocadas.

O estrago cognitivo enlaça

E emoldura a planta de uma história.

De vidas enredadas em uma vida,

De contos contados por um conto.

A linearidade intermitente e fictícia

Do palco dessa anedota paralela

É desenhada em amor e horror.

Amor amado e horror vislumbrado,

Numa iteração frenética de esperança e dor

Aliterada pelo abismo cronológico

Do futuro pretérito de meus sonhos...

Preso, meu espírito arremessa

Fatos de um passado perfumado.

A razão, então, exclama:

“Qual presente não tem aroma e drama?”

E minha experiência desvela

A relatividade indecente do destino

Ah, o “agora”, tal voraz intestino

Consome futuro e caga novela.