Grama
Minha labuta uma migalha de inocência
As serpentes do mal
Escritas em teus poemas sefiroticos
Seus poemas intercalados
Pelas gavetas da casa
Nas pontas dos grafites caladas...
Afiadas
Os carvões
As nuvens imaconhadas
As brasas vivas
As viúvas embrumadas
Nas flores doentias
Dos poemas dos homens
Da sua poesia que fala de politica
E mora no sozinho
No lugar onde tudo se cala
E nunca ousa dizer-te no intransponível silêncio da escrita
A magica inaudita
Da palavra
Coração de ouro reacende no fulgor
Dos indignos pecadores
Das costas suadas
No corpo de quem morde o anzol
Do trafico
Do vulto do dinheiro
Dos espíritos macumbeiros
Dos fuzis
Quem quer ter dramas para o resto da vida?
Os que querem a liberdade do seu jeito!