Do Diluente Tempo

E depois, veio o amor...o encharcamento...

o líquido sussuro que enche o ouvido

adoçando a cachoeira do pensamento

que cai como se fosse açúcar derretido.

E depois, veio a dor...o arrependimento...

formando um lago fundo e emudecido

e de tristeza, o seu amargo sedimento

como se a vida tivesse entristecido.

E depois, veio a paz...o redescobrimento...

o reencontro com o velho mundo perdido

mas o lago era um silêncio esquecido

e a cachoeira, a voz do esquecimento.

E depois, veio a morte...o renascimento

e o mesmo amor, mas, então, já diluído.

28-02-2014

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 03/03/2014
Reeditado em 10/12/2015
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