Do Diluente Tempo
E depois, veio o amor...o encharcamento...
o líquido sussuro que enche o ouvido
adoçando a cachoeira do pensamento
que cai como se fosse açúcar derretido.
E depois, veio a dor...o arrependimento...
formando um lago fundo e emudecido
e de tristeza, o seu amargo sedimento
como se a vida tivesse entristecido.
E depois, veio a paz...o redescobrimento...
o reencontro com o velho mundo perdido
mas o lago era um silêncio esquecido
e a cachoeira, a voz do esquecimento.
E depois, veio a morte...o renascimento
e o mesmo amor, mas, então, já diluído.
28-02-2014