Oh! Anjo amada!
Menina linda,
Tu és tão formosa,
Rosa ardorosa —,
Em minha Olinda!
Tu és mui bem-vinda
Nesta alvorada,
Tão perfumada,
De canto em canto...
Tu és meu encanto,
Oh! Anjo amada!
Como eu te amo,
Como eu te adoro...!
Quando a namoro,
Te adoro tanto!...
E esqueço o pranto
Dos dissabores...
Dou-te mil flores,
Qual mar de rosas,
Mais que extremosas,
De infindas cores!...
Tu és minha donzela,
Oh! Musa amada!...
Tão delicada,
Em minha janela...
Tu és a mais bela
Das Ninfas d’água!... —
Tal qual mãe-d’água,
Num mar de encanto,
Bento e acalanto —
Co’as quedas-d’água!
É nessas águas
Que enxugo o pranto,
Ao ver teu manto,
Qual linda anágua...
E espanto as mágoas
Aos quatro ventos,
Sem fingimentos!...
Sobre teu corpo,
Fico absorto —
Nesses momentos!
Pacco