ESTRANHA MÁSCARA...

No mar negro dos meus olhos
Afogou-se um poeta!
Quantos mares nebulosos
Inundavam-lhe a alma
Entre os dedos fugidios
De uma vida fantasiada...
Mas que estranha sua máscara!
Era ator nas horas vagas de lamentos
Declamava poesias nas calçadas
Odiava aplausos, sua platéia era o tempo.
Ocultava o mais irônico dos sorrisos
A tristeza do olhar foi musicada
Na beleza dos seus versos tão sombrios.


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Dora Estrella
Enviado por Dora Estrella em 02/03/2014
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