DERROTA
O alimento acabou,
Do movimento que restou bastou apenas à voz da loucura,
E então o alarde reviveu, da voz débil do fracasso no escuro,
Sob o frio impermeável da dor,
Onde a tristeza desgrenha em prantos, sem amor
O universo nunca será mais em fúria,
Pois o excesso de pranto ri inglório de ti
Acabou: agora diga ao mundo sobre o seu fracasso,
Sua nudez resplandecendo na vanglória,
Na calada do seu próprio ego obscuro
Rasteje na ossada da sua imprudência, covarde,
E dispare enquanto o universo te abandona.
Tu és o retrato da ignorância imodesta de petulantes,
Seres envolvidos no formalismo de preconceitos
Onde seu imundo pensamento se mistura com a carne dos outros,
Agora e sempre
Rasteje... rasteje para o infinito!
Caminhe para o fundo da derrota,
Perante a arrogância em vias de sua própria truculência
Rasteje, dono de si.