O Peso das Asas

Infalível(mente) em um mergulho no obscuro do plano físico
A alma tornou-se um traço no desamparo
Uma voz no silêncio barulhento do vácuo do espaço
O roteiro torna-se improvisado
O mapa é um incomodo... Um descompasso
Um sonho de felicidade, pela desconfiança, velado...

A realidade de fantasia; vaidosa, cheia de manhas e armadilhas...
E a alma que dormiu no choque do mergulho
é um reflexo perdido no espelho d’água que guarda a beleza de narciso...
acordar é um desconforto silencioso que rouba o espírito do riso... Da euforia, do carnaval... Torna-se a carne prisão, um barco de velas negras em mar sobrenatural!

Já fui infalível(mente) invencível...
Magnífica forma etérea entre formas primitivas
um sopro de poesia entre deuses, sereias e ninfas...
O bronze da lança o brilho de sol na prata...
Já fui o guerreiro, armadura cobrindo o corpo, do metal, uma fria malha

E no alvoroço a paz foi um desconforto no íntimo do coração
Já fui sonho, terremoto, pesadelo, furacão...
Já fui verdade em mar de mentira, do caos um instante para ordem predita
caminho dos deuses para glorias e conquistas...

Sou do aço homem o cabo o fio da espada... Tenho nas costas o peso de um par de asas...
Anjo precipitado em um rio de risos e lagrimas... Do lar azul a ruína e o esteio...
Puramente alma, frio e quente magma eu sou...
Nada magnífica, se bem que tentei ser, mas desisti quando o espelho se quebrou!

 
Noah Aaron Thoreserc
Enviado por Noah Aaron Thoreserc em 28/02/2014
Reeditado em 28/02/2014
Código do texto: T4710329
Classificação de conteúdo: seguro