Ainda resta a saudade
Na tênue linha do horizonte,
Os lindos fios dourados do sol
Dançam um balé clássico,
Embalados ao sabor da brisa,
Sob os acordes do maestro tempo.
Valsa imaginária evolui
Nos fragmentos da lembrança
Que teima ser sempre presente
Na outra metade das rubras rosas
Esquecidas e já sem perfume.
Música e dança se unem
Consumindo os dias e meses,
Mudando cores e destinos,
Deixando que as folhas secas
Se percam, sopradas pelo vento.
E eu, me faço menino para poder voar
E em sintonia com a esplêndida luz,
Me deixar envolver pelos fios dourados
Desse sol que ilumina e aquece meus dias,
Mas que se vai, a cada entardecer.