Singela Aurora Campestre

Na singeleza da manhã que desabrocha

o sábia enche o peito e desafoga,

o joão-de-barro enche o bico e vai a roça

pra construir sua morada na palhoça.

O colibri vai roubar mel da sempre-viva

enquanto as rosas dispersam os seus olores

no estradão vejo a boiada indo embora

seguindo o rumo do berrante d’alguns pastores.

O tico-tico reina supremo no café

cantando timbres afinados em si bemol,

o pintassilgo faz revoada lá no caqui

em seu cortejo de dança à sua senhora.

Lá no terreiro canários ciscam pelo chão

com olhares ariscos preocupados com o gavião

que no angico repousa por entre nuvens

com sua rapina é reinante entre os outros.

No sol que nasce encontro a serenidade

desse meu campo repleto de natureza

tão rica e esbelta em suas variedades

insopitáveis em sua divina beleza.

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 28/02/2014
Código do texto: T4709628
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