UM DIA TALVEZ...

Fome entre

um sabor

amargo de doce

que quero sentir

pelo abraço

saudoso que nunca

tive ao dispor

do coração pelo

todo errante

vida falante

mundos calejados

profundos

logo acima

nunca cheguei

quando havia

espaço

caiu-me o laço

que amarrava

minha alegria

dissolvia

vontades

em tardes bebendo

olhos

de vistas pro nada

enquanto o nada

se fazia surdo

sobre minha solidão

uma graça

gargalhada

musicada pelos

tons de cores

mescladas ao cinza

de nuvens que

não chovem

apenas cobrem

qualquer magia

que se cria

de azul

que enterra os vivos

ante os que

apenas existem...