Sonhos Depredados
Meu sonho despencou da janela
E foi pisoteado por alhures transeuntes,
Eis meus segredos que agora se difundem
Pelas bocas atrevidas de indivíduos tagarelas.
Clamei com meu vozeirão: indigestos!
Saracoteiam sigilos que não são seus,
Exprimem sarcásticos sorrisos dum coliseu
Que bebia de minh’alma o licor do sucesso!
Nas feições das criaturas joguei insultos
E sobre os pilares de devaneios insepultos
Debutei lágrimas arredias e constrangidas...
Empalhei do sonho ideais sobreviventes
Para fazê-los de inspiração aos descendentes
Na configuração secular de uma nova vida!