Sem Título 41

Adiante o ritmo, depois e depois a dor!

Dor morta!...

Dor que faz de conta!...

Dor que anda morta!...

Dor que vira desnorte brasa de tanto praguejar!...

Dor que entre épocas canta ao bondoso ritmo!...

Ritmo que perdura nas docílimas plantas da nossa dor!

Dor que vive para procriar

o destino do ritmo por escorregar

como derretida cera

na consumada alma!

Adiante o ritmo, depois e depois a dor!

Admite,

já não sabes se é do ritmo ou se é da dor...