Do Vento E Da Brasa

O vento já corria feito um menino

varrendo as palavras caídas ao chão

feito folhas que caíssem do coração

ao sopro de um sentimento repentino.

E a brasa descansava da combustão

como o som que descansa dentro do sino

enquanto o tempo polia com óleo fino

o silencioso bronze da solidão.

Então, soprou-se uma curva no destino

que veio mudar o vento de direção

e a brasa calada feito o carvão

reacendeu-se...e com um fogo divino

que queima como se fosse o sol a pino

que escreve com as lavas de um vulcão.

24-02-2014

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 26/02/2014
Reeditado em 10/12/2015
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