Do Vento E Da Brasa
O vento já corria feito um menino
varrendo as palavras caídas ao chão
feito folhas que caíssem do coração
ao sopro de um sentimento repentino.
E a brasa descansava da combustão
como o som que descansa dentro do sino
enquanto o tempo polia com óleo fino
o silencioso bronze da solidão.
Então, soprou-se uma curva no destino
que veio mudar o vento de direção
e a brasa calada feito o carvão
reacendeu-se...e com um fogo divino
que queima como se fosse o sol a pino
que escreve com as lavas de um vulcão.
24-02-2014