Poesias de Bolso 69 ( Verso e Cachaça )
Meu verso não é minha cachaça
Embora me entregue a noite
Vestida de sombras-presenças
A confundir o que é delírio ou sonho
Embora me caia nos olhos de neve
Em breves gotas de água ardente
Meu verso não é minha cachaça
O trote indomável de doidos cavalos
Patinando as horas sem freios
Com tintas de guache vermelha
Vermelho aguado, mas sangue
Nos becos da alma enlutada
Minha cachaça é a minha cachaça
De que mais preciso?